O físico Richard Feynman propôs a ideia pela primeira vez em 1982 e agora ele existe: o primeiro simulador quântico universal. Cientistas austríacos publicaram os detalhes da criação na primeira edição do mês de setembro da revista Science.
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Simulação do processo quântico de um modelo de Ising. |
"Nós mostramos em nosso experimento que nosso método funciona e podemos
recriar virtualmente e pesquisar muitos sistemas. Quando queremos
estudar algum outro fenômeno, tudo o que precisamos fazer é reprogramar o
nosso simulador", disse Benjamin Lanyon, do Instituto de Óptica
Quântica e Informação Quântica da Academia Austríaca de Ciências em um
comunicado à imprensa.
Basicamente, os cientistas encontraram uma maneira de processar uma
quantidade de informações que, até então, exigiria um supercomputador
para realizar a tarefa. Porém, em seu sistema, foram usados alguns bits
de memória a uma velocidade próxima a da luz.
A memória está na forma de um punhado de íons aprisionados, controlados
por pulsos de laser que podem ser utlizados para efetuar grandes
descrições matemáticas de qualquer fenômeno que o cientista queira
estudar, como enovelamento de proteínas, semicondutores ou outro
comportamento misterioso de coisas superpequenas.
"Esse é um daqueles cálculos que só pode ser feito em computadores
quânticos", disse Laynon."Honestamente, a possibilidade de fatorar
números grandes é bem surpreendente, mas ser capaz de simular de forma
eficiente os outros sistemas quânticos é ainda mais surpreendente".
Para trazer todas as descobertas para mais próximo de nossa realidade, é
como se eles tivessem feito um cálculo complexo com uma quantidade
baixíssima de memória e a uma velocidade altíssima. Além disso, o
cálculo não seria possível ser feito em nosso mais poderoso desktop, com
terabytes de armazenamento e gigabytes de processamento.
Via: Gizmodo
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